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  • Leandro A. de Sousa

Crítica: Power Rangers (2017)


Fonte Imagem: Omelete

 

Power Rangers era uma série infantil lançada no começo dos anos 90 que mostrava a estória de cinco adolescentes cuja missão era proteger a Terra da terrível Rita Repulsa. Para isso eles tinham o poder de morfar e se tornar os poderosos Power Rangers. A série tinha uma premissa muito simples: o vilão vinha, os Power Rangers os derrotava, ele voltava (mas agora gigante), os Rangers juntavam os zords para criar o Megazord e no fim derrotavam o vilão e faziam pose para a explosão. Era simples, fácil e funcionava em uma episódio de poucos minutos. No outro dia eles fariam a mesma coisa de novo e de novo, até hoje.

Em 2017 é lançado o longa metragem Power Rangers talvez visando o mesmo público da série dos anos 90, só que agora mais velho. O filme se propõe a ter um tom mais sério e sombrio para chamar a atenção desse público. Claro que também é feito para o público infantil, que este com certeza vai gostar muito mais do filme do que o público adulto.

O filme se desenvolve por entre um amontoado de clichês e você não sabe muito bem o que ele quer te passar, você não se envolve com a estória ou com os personagens. É tudo muito superficial, muito óbvio. O filme tenta a todo momento emular uma espécie de Clube dos Cinco com os dramas dos 5 adolescentes mas falha, pois você não sente simpatia pelos personagens (exceto o que vem a ser o Ranger Azul), a trama deles não convence. É algo jogado, e você já viu isso mil vezes.

O ritmo do filme é terrível. Você espera o filme inteiro pelo momento no qual eles vão se transformar e ele enrola, enrola, enrola... Toda vez que parece que o filme vai engatar, alguém decide que não quer mais ser um Ranger e volta pro mesmo ponto de partida e temos que ouvir uma grande história de dor e superação antes deles decidirem voltar até a nave para fazer a mesma coisa de novo. É lento, não tem nada para entregar, o roteiro é inconsistente e não tem charme, não tem nenhum momento memorável, as cenas de tensão não tem tensão porque você sabe exatamente o que vai acontecer.

A vilã Rita Repulsa (Elizabeth Banks ) pode ser considerada uma das coisas boas do filme. Ela é interessante pois não sabemos bem o porquê ela está fazendo tudo aquilo, nós não sabemos bem a sua motivação e isso é bom. Vilão que não tem motivação é o melhor tipo de vilão. Além do que ela não tem nenhum tipo de redenção. Ela é má, ponto.

Outra coisa boa são as cenas de ação do terceiro ato, quando eles lutam contra os capachos de Rita Repulsa, a coreografia das lutas é muita bem feita, a câmera não ajuda muito mas também não atrapalha. As cenas dos zords no qual eles ficam a todo momento mostrando o rosto (provavelmente pelo mesmo motivo do Thor não usar o Elmo ou por quê o Capitão América toda hora tira o capacete) só são boas quando eles se tornam o Megazord. Apesar disso os efeitos visuais do filme principalmente nessas cenas não são tão bons.

A série poderia até ser tudo isso o que foi dito do filme, mas ela tinha essa proposta, era algo infantil, bobo e brega. O filme claramente quis passar algo mais maduro mas falhou, pois não soube apresentar o drama dos adolescentes de forma interessante. A enrolação do filme em volta dessas tramas faz com que ele fique apenas mais maçante e mais desinteressante. Ele não soube dosar as duas coisas e acabou que ficou algo que nos esquecemos assim que saímos da sala de Cinema. Nós pagamos para ver Power Rangers e não um Clube dos Cinco mal feito.

A parte boa é que não vai ter meme com a Ranger Rosa.

DIREÇÃO: DAN ISRAELITE

ROTEIRO: JOHN GATINS

ANO: 2017

#Crítica #PowerRangers

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