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  • Foto do escritorMatheus Oliveira

Sweet Sweetback's Baadasssss Song (1971)



 

Tenso. Caótico. Agitado. Cheio de raiva. Eis o cinema perfeito. Não interessa para onde o filme vai (afinal, "narrativamente" falando, ele não vai a lugar algum - e que se dane narrativa!), pois o que importa é justamente o que ele representa quando não sai do lugar. E a questão não é encontrar um caminho, uma lógica. Não há lógica. A absurdidade das situações, sem um início ou um fim claramente demarcados, é a própria substância desta obra de Van Peebles. Nada no filme para, nada é quieto. E nessa inquietação é representada a realidade do povo negro. Nada para, nada se aquieta, pois o povo negro não vive em paz. Na tela há sempre movimento, movimento excessivo. E este excesso é o objetivo. Zooms abruptos, repetições, superposições e colagens. Aperreio puro! É tudo estilizado. Mas a estilização enfatiza o que o filme quer mostrar - quer dizer, denunciar. Nota-se aqui um bombardeio de influências. Muita coisa faz lembrar a escola soviética, Godard, Easy Rider, Glauber Rocha, enfim toda a amálgama inquieta que conhecemos no que se denomina Cinema.




NOME ORIGINAL: IDEM. DIRETOR: MELVIN VAN PEEBLES. ROTEIRISTA: MELVIN VAN PEEBLES. PAÍS: ESTADOS UNIDOS. DURAÇÃO: 97 MIN. ELENCO: SIMON CHUCKSTER, MELVIN VAN PEEBLES, HUBERT SCALES, MARIO VAN PEEBLES, JOHN DULLAGHAN, JOHN AMOS, LAVELLE ROBY, RHETTA HUGHES, NORMAN FIELDS, JOE TORNATORE, MIKEL ANGEL, WILLIAM KIRSCHNER, VINCENT BARBI, CHESLEY NOONE, CURT MATSON, WESLEY GALE.

 

Sobre o autor:

Matheus P. Oliveira, 6 de Agosto de 1998, co-fundador e editor do Fala Objetiva. Amante de Cinema e leitor assíduo. Sonha ingenuamente em conhecer por completo o rico universo que o Cinema possui. Tem como inspiração para seus escritos o legado de grandes pensadores desta área e de outras. De forma árdua, tenta unificar todas as outras artes em sua mais que amada arte: o Cinema. Quanto ao futuro - não muito distante -, ele pretende dirigir e escrever alguns filmes.

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